Como cristãos, devemos celebrar o Natal?

11 de dezembro de 2019
estrela-do-menino-jesus-4a693O Natal está chegando.
 
Todos nós sabemos que o Natal, há muito tempo, tem sido associado ao comércio, a Papai Noel, bebidas e muita comida.
 
Infelizmente, tem sido assim há muitos anos.
 
Porém, nos últimos tempos, temos visto outro problema. Muitas igrejas evangélicas não celebram o Natal. Excluem completamente a celebração do Natal de suas programações anuais.
 
Falar em celebrar o Natal em algumas igrejas evangélicas é quase o mesmo que falar em “pular” Carnaval.
 
Essa tendência, para mim, é tão daninha quanto a distorção do Natal feita pelo comércio.
 
Dizem, pelo que já ouvi dos líderes evangélicos que defendem essa ideia, que o Natal não é uma festa bíblica. Que as únicas festas bíblicas são as mencionadas no Velho Testamento. E só essas são as que devem ser celebradas.
 
Há igrejas evangélicas que aboliram completamente a celebração do Natal e celebram de, maneira efusiva, a Festa da Páscoa (excluindo literalmente a menção da ressurreição de Jesus), a Festa dos Tabernáculos e outras.
 
Argumentam que o Natal, pelo fato de ter siido proclamado pelo Papa Júlio I, em 350, deve ser radicalmente abolida.
 
Essa história, de querer excomungar o Natal do calendário cristão, é antiga.
 
Vem da Inglaterra de 1640, quando os puritanos, por entenderem que a celebração do Natal era um ranço do catolicismo , deveria ser banida por completo. Primeiro tentaram mudar o nome de Missa de Cristo (Chrisr’mass) para Tempo de Cristo (Christide). Em 1645, por ter a maioria no Parlamento, por decreto, extinguiram a celebração do Natal do calendário religioso inglês. Somente em 1658, a data voltou a ser reconhecida legalmente, porém o povo nunca respeitou a tal lei.
 
Nos Estados Unidos, em Boston, por ser uma colônia inglesa, a celebração do Natal foi uma prática ilegal entre 1659 a 1681. Somente em 1870 é que o Natal virou feriado nacional em Boston.
 
Nesta questão, de algumas igrejas abominarem a celebração do Natal , há dois equívocos. O primeiro deles é de ordem teológica e o outro de interpretação da história.
 
No que tange ao fator teológico, o desprezo da celebração do Natal e a valorização das festas judaicas são um equivoco. Ao mesmo tempo que dizem ser errado celebrar o Natal , por se tratar de uma festa pagã , se esquecem que é um equivoco celebrar na igreja cristã, que é pautada pelos ensinos do Novo Testamento, festas que são judaicas. Vejo, nessas igrejas, a mesma tendência das práticas judaizantes tão combatidas pelo apóstolo Paulo ao escrever aos Gálatas.
 
Na questão da interpretação histórica, noto também equívocos. Embora, pelas evidências históricas, Jesus tenha nascido entre os meses de abril e maio, hoje, ao celebrar o Natal, os crentes não estão celebrando uma festa pagã, mas lembrando de um acontecimento genuinamente cristão.
 
O mais importante é depurar os equívocos, como a comercialização da data e enaltecer a celebração de Cristo, nosso Salvador, mesmo que tenha sido instituída pelo catolicismo.
 
Ademais, se nós, como crentes (ou cristãos) não celebrarmos, lembrarmos e anunciarmos, numa data, o nascimento de Jesus, o Salvador, quem o fará? Os muçulmanos? Os budistas? Os próprios judeus, que não reconhecem Jesus como Messias?
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Por: Gilson Bifano
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