Cuidado! Você poderá ser amarrado em um poste

23 de março de 2018

posteNum dia desse, num grupo de pastores no WhatsApp, alguém postou uma reportagem de um jornal que dava conta de que o prefeito da cidade boliviana de San Buenaventura, Javier Delvago, fora amarrado por quase meia hora em uma armadilha de madeira por não ter cumprido promessas de campanha.

A partir dessa postagem, houve um debate sobre a tal punição da população ao prefeito que prometera mundo e fundos e não havia cumprido tais promessas.

Alguém então perguntou: “e se a moda pega aqui no Brasil? Quantos prefeitos estariam hoje amarrados num poste ou numa dessas armadilhas?”.

A partir dessa discussão saudável na Famiglia, nome desse grupo de pastores no WhastApp, fiz a seguinte pergunta:

“Quantos de nós aqui já prometemos algo para a esposa e não cumprimos?”. Fiz outra pergunta: “Quantos de nós aqui prometemos brincar com nossos filhos quando eram pequenos e não cumprimos o prometido?”.

Querem saber do resultado. Ninguém postou mais nada a respeito do prefeito boliviano, ou do Crivella, no Rio de Janeiro; ou do Dória, em São Paulo.

Já pensou se a moda pega, em relação às promessas que os membros da família fazem uns aos outros e nunca são cumpridas?

Faça um exercício consigo mesmo nesse sentido.

Se você é casado, quantas promessas foram feitas, lá no início do namoro e até hoje não foram cumpridas.

Se você é pai ou mãe, quantas promessas feitas aos filhos que os deixaram ansiosos e depois frustrados por constatarem que a promessa fora apenas de boca para fora.

O professor de psicologia canadense, Jordan Peterson, lançou recentemente um livro, ainda não publicado no Brasil, que tem feito sucesso. O título do livros é “Doze regras para a vida”. Trata-se de um livro de autoajuda. Uma dessas regras é: “Organize sua casa perfeitamente antes de criticar o mundo”.

Essa regra de Peterson aplica-se perfeitamente ao assunto. Somos prontos a criticar os outros, mas esquecemos de olhar para nós mesmos. Criticamos a desorganização pública, mas não percebemos que nossa casa é uma bagunça.
Criticamos os prefeitos que não cumprem as promessas e nos esquecemos das nossas próprias promessas não cumpridas.

Essa regra de Peterson fez-me lembrar de uma palavra de Madre Tereza de Calcutá. Numa conferência sobre a paz, alguém perguntou à madre Tereza: “Madre Tereza, como podemos construir a paz mundial?”. Madre Tereza então respondeu: “Vá para casa e ame sua família”.

Mas, bem antes de Jordan Peterson ou de Madre Tereza, Jesus já tinha alertado seus discípulo sobre esse perigo.

No Sermão Monte, falando aos seus discípulos, disse: “Por que é que você vê o cisco que está no olho do seu irmão e não repara na trave de madeira que está no seu próprio olho? Como é que você pode dizer ao seu irmão: ‘Me deixe tirar esse cisco do seu olho’, quando você está com uma trave no seu próprio olho? Hipócrita! Tire primeiro a trave que está no seu olho e então poderá ver bem para tirar o cisco que está no olho do seu irmão”(Mateus 7.3-5 NTLH).

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Por: Gilson Bifano
Conferencista e escritor na área de família e casamento. Coach de relacionamento.
Siga-o no Instagram: @gilsonbifano – oikos@ministeriooikos.org.br


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