Por que muitos pastores falham no casamento?

Para o especialista em casamento, o nigeriano Praise Fowose, falando a pastores numa reunião, muitos casamentos de pastores estão falhando e as denominações e associações de pastores precisam estar atentos a esta realidade.
Fowose enumerou cinco razões, que, na sua opinião, os pastores estão pegando suas malas e deixando a vida de casados.

1 – Por mais que um homem seja um “homem de Deus” ele continua sendo homem e nunca Deus

Infelizmente as igrejas tratam os homens de Deus como sendo deuses. E isto se agrava, segundo Fowose, porque os próprios pastores não são sábios para dizerem aos membros da igreja que são e nunca deixarão de ser homens, com suas falhas e limitações.

Isto se dá, por exemplo, quando os membros da igrejas vão aos pastores buscando ajuda para toda sorte de problemas, e mesmo conjugais, e os pastores acham que podem ajudar os membros em qualquer tipo de problema.

Um outro desafio que os pastores enfrentam é a dificuldade de expor para os membros da igreja as suas próprias lutas em seus casamentos. Pensam que em compartilhando as suas lutas perderiam a autoridade na ministração.

2 – Unção ou imposição das mãos não dá imunidade ao divórcio ou ao adultério

Da mesma forma que a unção ou imposição das mãos não dá imunidade para os pecados sexuais. É preciso mais do que unção para fazer um casamento funcionar. “Eu tenho visto muitas pessoas incrédulas construir um casamento fantástico, como também crentes fiéis naufragando em seus casamentos”, afirma Fowose.

O ingrediente mais importante para construir um casamento não é somente oração. É de conhecimento e trabalho forte para manter e tornar o casamento feliz. A oração é importante quando combinada com esses esforços. Isolada, tem pouco valor.

“Eu digo aos pastores que a imposição das mãos não vai impedir que eles durmam com uma mulher da igreja”, afirma Fowose.

O que pode ajudar é todo pastor ter alguém de seu lado para ajudá-lo na luta contra as tentações, aconselha Fowose.

 3- Não há relacionamento sem comunicação e relaxamento

O terceiro alerta de Fowose é este.

Um pastor não pode sustentar um casamento se não comunicar se com seu cônjuge. “Você não pode esperar uma flor abandonada florescer”, alerta Fowose. Tantos homens de Deus não se comunicam com seus respectivos cônjuges.

Um outro erro que pastores cometem, ainda segundo Fowose, é o pastor exigir que suas esposas assumam responsabilidades na igreja por serem esposas de pastores.

“Você não pode exigir que suas esposas tenham compromissos na igreja só porque são suas esposas”, diz Fowose.

Os pastores, ainda segundo Fowose, precisam deixar a capa do exercício ministerial quando chegam em casa. “Você é um homem de Deus no púlpito, mas em casa você é um amante e um pai para seus filhos. Você precisa aprender se comunicar com sua esposa e seus filhos sem usar os mesmos termos que usa no púlpito. Fui convidado para uma reunião com pastores nigerianos há um tempo e perguntei quantos pastores tiveram uma noite romântica com suas esposas. Fiquei chocado quando eles disseram que isto aconteceu pela última vez foi na lua de mel”, ponderou Fowose.

4- O isolamento não é a espiritualidade

“Jesus nunca se isolou completamente. Pontualmente Ele se retirava para orar e estar a sós com Deus. O isolamento envelhece. Jesus, se vivesse hoje, estaria onde as pessoas estão. Eu vejo um monte de jovens pastores que envelhecem. Qual foi a última vez que você se encontrou com um membro da sua igreja no ônibus ou no trem?”, pergunta Fowose.

Se um pastor gosta de ficar isolado, não deveria ser casado. Os relacionamentos nos conectam com outras pessoas e nos tornam mais humanos. Não parece, mas manter em contato com outras fortalece os laços conjugais.

5 – Saber pedir ajuda

Se um homem de Deus está passando por qualquer dificuldade na área emocional e conjugal não deve hesitar em pedir ajuda de um profissional.

Muitos pastores estão enfrentando dramas em seus casamentos, mas por serem pastores não procuram ajuda de um profissional qualificado por achar que é vergonhoso.

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Por: Jide Salu