Sindrome de Burnout – O que é?

8 de junho de 2015

Stressed Man Worries About Economy, Paying Bills, Retirement“Pastor Gilson, estou em crise. Meu marido saiu de casa”, foi o recado que apareceu na tela do meu computador logo que abri o Facebook.

“Você está brincando com coisa séria”, respondi a pessoa que estava do outro lado. Não era nenhuma brincadeira de mal gosto desta irmã que conheço desde minha juventude.

Indaguei sobre o processo e ela me disse que antes de tomar a decisão de sair de casa, seu marido ficou desanimado com o trabalho. Já não ia para o local de trabalho com prazer, mas como uma obrigação, um peso. Como parte do processo se envolveu com uma mulher.

Só que falta um detalhe nesta pequena história. O marido que tinha saído de casa, é (ou era?) um pastor de uma igreja no centro de uma das grandes cidades brasileiras. O trabalho que ele realizava era de pregar, visitar enfermos, discipular, enfim, ser pastor, realizar o trabalho pastoral para qual Deus o chamara.

Enquanto escrevo estas primeiras linhas, vem à minha mente alguns nomes de colegas pastores que se envolveram com o sexo oposto, deixando, como parte do script, o ministério, não sem antes passar pela fase de descontentamento e tédio com o trabalho pastoral.

No meu aconselhamento, via Facebook, perguntei um pouco sobre o estado emocional do marido e, pela descrição, já experimentava um quadro de depressão. Perguntei se ela já tinha ouvido falar na Síndrome de Burnout. Disse que não. Apresentei a ela algumas características da síndrome. “Mas pastor, era mais ou menos isto que eu percebia nele”, escreveu.

No meu último artigo fiz referência a um excelente livro escrito por Wayne Cordeiro, cujo titulo já fala por si mesmo, “Andando com o tanque vazio?”, da Editora Vida.

No livro, o autor, que já passou por um quadro de Burnout, narra sua experiência neste vale sombrio. Wayne Cordeiro afirma que Burnout e depressão se misturam e alerta sobre os primeiros sinais de advertência, que são: Sensação de desesperança, lágrimas frequentes, dificuldade para se concentrar, dificuldade para tomar decisões, irritabilidade, insônia, níveis de atividades menores, sentimento de solidão, falta de atração conjugal, distúrbios alimentares e dores.

Se a maioria destas características estão presentes em sua vida, é hora de dar a seta para a direita e estacionar o carro da vida no acostamento. Continuar a viagem, sabendo que no painel a luz que indica que a temperatura do motor está acima do limite, só vai danificar ainda mais a máquina. É aqui que está a nossa maior dificuldade.

Parar, ligar para a seguradora ou um mecânico e reconhecer que não temos mais condições de andar deste jeito, é muito difícil.

“O que vão pensar de mim? Sou pago pela igreja para realizar o trabalho, dentre eles pregar mais de cinco sermões, ou mais, por semana? Férias, nem pensar! Fazer exames, procurar um psicólogo, não é comigo!”. Frases e pensamentos como estes são comuns. Mas se não fizer isto, como afirmou Wayne Cordeiro, a “placa mãe” vai queimar em pouco tempo.

Participe: Você já tinha ouvido falar nesta síndrome? Conhece alguém que já tenha passado por isto?
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Por: Gilson Bifano
 


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