Abuso sexual – Não há famílias imunes

15 de fevereiro de 2016

A questão do abuso sexual de crianças tem sido um assunto difícil de se tratar e conversar em família. No Brasil, segundo estimativas, a cada 8 minutos acontece um caso de abuso sexual. Na prática, estima-se, o número é, no mínimo, quatro vezes maior.

O abuso sexual de crianças pode ser classificado em dois tipos: sem toques e com toques. O abuso sexual sem toques inclui toda uma estimulação verbal ou visual, seja através de telefonemas obscenos, de exibicionismo ou até mesmo de uma facilitação para que a criança observe ou escute um ato sexual. No segundo caso, com toques, há carícias, toques nos órgãos genitais e até mesmo relação sexual.

Também é importante identificar aqueles que molestam sexualmente as crianças. Segundo pesquisas, infelizmente, aqui temos que nos reportar as dos EUA, um terço dos molestadores não tem nenhuma relação com as famílias das crianças abusadas. Outro terço dos casos envolve pessoas conhecidas das crianças. Pode ser um vizinho, uma babá ou um amigo da família. O terço restante é de parentes próximos, podendo ser o próprio pai, padrasto, ou um tio.

Como a família pode prevenir? Algumas sugestões, colocadas em prática, poderão ajudar a prevenir este trauma na família.

Ofereça aos seus filhos uma boa educação sexual

Boas informações, na família, acerca da sexualidade humana são sempre válidas. Converse com seus filhos sobre a beleza do sexo, das funções dos órgãos genitais. Existem bons livros educativos evangélicos ou seculares que podem ajudar os pais nesta questão. Fale das funções de cada órgão sexual e que todos eles foram criados por Deus.

Explique para seus filhos o que é abuso sexual

Converse com eles como isto pode acontecer, através de toques e sem toques. Converse com eles, de maneira amistosa, de onde pode partir este tipo de atitude inconveniente. Mostre para seu filho que ninguém tem o direito de colocar as mãos nos órgãos genitais sem a sua presença ou autorização, como, por exemplo, numa consulta médica.

Ajude os seus filhos a se livrarem de situações de risco

Ofereça-lhes frases que possam ajudá-los. Por exemplo: “Um dia alguém poderá querer pôr as mãos por baixo da sua camisa ou suas calças ou se despir na sua frente. Se isto acontecer, saiba que esta pessoa está fazendo algo errado. Diga-lhe que isto está errado, se afaste dessa pessoa e conte para o papai ou para mamãe. Se estiver na rua, procure um policial e diga-lhe o que aconteceu”. Inúmeras frases poderão ser ensinadas às crianças neste sentido.

Procure conhecer as famílias com quem seus filhos mantêm relacionamentos

Procure conhecer as famílias dos colegas de seus filhos. Procure saber com quem está fazendo o trabalho escolar. Mantenha contato telefônico e ajude aos seus filhos a detectarem qualquer atitude que venha denotar um abuso sexual, seja verbal, visual ou de toques. Isto se aplica também às famílias da igreja, vizinhos e colegas de play-ground, etc. Como sabemos o abusador está bem perto e não nos damos conta disso.

Dê liberdade aos seus filhos para falarem sobre o assunto

Mantenha o canal de comunicação aberto para perguntas e relatos de situações de risco. Quando ouvirem notícias de abuso sexual, procurem abrir um diálogo sobre o assunto. Tente sondar a opinião de seu filho e procure verificar se ele sabe do que se trata e se está pronto para se defender em casos de tentativas.

Esteja atento ao comportamento de seu filho

Uma criança abusada sexualmente apresenta mudanças de comportamento. Distúrbios do sono, dores de barriga ou de cabeça, tristeza, apatia, problemas na escola são alguns sinais que podem apresentar numa criança abusada sexualmente. Ao perceber um ou mais desses sinais procure se aproximar e tentar extrair alguma informação.

Procure ajuda de um profissional

Caso você venha a saber que o seu filho ou filha foi abusada sexualmente, procure imediatamente ajuda de um profissional na área de psicologia para trata o caso a fim de que sejam reduzidas as seqüelas futuras.

Apoio e compreensão são importantes

É importante também que uma pai ou mãe que tenha um filho abusado sexualmente apóie e compreenda os seus sentimentos. Os pais devem deixar claro para o filho que ele não é o culpado. Uma criança abusada sexualmente sempre é a vítima. Isso é muito importante!

Além destas sugestões, ore a Deus para que livre os seus filhos desse trauma e procure ler mais sobre o assunto.

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Por: Pr. Gilson Bifano

 

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